Olá, queridos e fiéis leitores!! Hoje eu gostaria de falar de dois temas muito especiais. Amizades e mudanças. Ambos estão intimamente ligados. Caminham de mãos dadas. As verdadeiras amizades vão superando todos os empecilhos com que se deparam. Nada pode fazer com que se enfraqueçam ou sejam esquecidas e apagadas pelo tempo, com pegadas na areia. Nunca. Quando você é convidado a entrar em uma amizade como essas, algo muito especial te fará sentir que este é um verdadeiro amigo com quem você sempre poderá contar. Sempre, sempre, sem excessão. Agora, vou falar de minha experiência em uma amizade desta natureza.
Sim, eu e ela, Madá, que escrevemos para vocês. Nos conhecemos neste mesmo ano, tão especial que ele foi.
Cada momento deste ano que hoje passa como um filme em minha mente, cada momento de um ano repleto de mudanças, em que saí de meu pequeno mundinho e me deparei com uma vastidão de belezas e possibilidades, encontradas neste lindo mundo aqui fora. Sim, eu saí de minha caverna. Admito que, no começo, fiquei assustada e desencorajada a me enturmar, e de repente vi uma turma de garotas com quem me identifiquei muito, mas não sabia como começar uma amizade. Mas tudo bem. Não é que o destino me levou até elas?? E não é que agora, no final do ano, eu me sinto tão diferente por ter vivido e vivenciado tantas coisas com elas???Com uma delas, em especial, me identifiquei muito. Hoje eu posso dizer com toda a convicção que nasci do mesmo ventre que ela, mas fomos separadas logo a seguir, pois não há outra explicação!!! Pensamos inúmeras vezes exatamente as mesmas coisas. Vê, como esta não é uma amizade, assim, banal???
Para você, Madá:
Dança de Salão. Foi lá que realmente te conheci, lembra?
Bolero, Samba, Forró, Soltinho, lambada, rock.
Sentadas na escada, esperando a aula começar, conversamos e rimos tanto...
O suor dos meninos do primeiro ano, as risadas, os concelhos, as histórias,
A apresentação, no Teatro Pedro Ivo,
O figurino, a coreografia, a maquiagem, as meninas do jazz, as expectativas e um tantinho de aflição
E então, o ano passou como num estante, um sopro, um piscar de olhos , entre semanas de prova, idas ao médico, aulas de matemática, despedidas, presentes, amizades, brigas, tristezas, mas sempre ao seu lado...
O último dia para mim, foi um dia marcante, me senti como um flor, frágil e indefesa entre dois abismos, o do tempo e o da vida... Eu realmente senti na pele o que o nono ano sentiu, toda a estabilidade em que meu mundo se encontrava pareceu desaparecer, ao pensar que você também desapareceria, assim como cada instante deste ano em que nos vimos todos os dias, -assim com a Tatá, nossa ilustre gata manhosa-. Cheguei a pensar que nunca mais voltaria a ser a mesma. E assim foi! Agora sou uma pessoa muito melhor, graças a você, Madá, só eu sei o quão especial você é!!!!!!
